segunda-feira, 22 de março de 2010

Delírio

Sentimento vago, quando outra mão toca todo seu corpo, quando outra boca brinca com os contornos de seu rosto, a mente vaga percorre, solitária em busca de resposta. Não obtive escolha, criei pedágio em cada curva do seu monumento, quantia alta que atormenta qualquer um que vem lhe visitar. Perdoa-me por tanta insanidade, de criar caminhos secretos, que obedecem a passos incertos, tortos, que só eu sei por aonde ir, onde pisar. Sou uma bandida, uma seqüestradora que pede resgate toda vez que perde os sentidos, seqüestrei seus desejos mais lascivos, quando um beijo tenta roubar de ti. Não entendo por que fiz isso, talvez fosse por mero capricho, momento de puro delírio, insanidade, loucura ou apenas uma forma de lhe magoar o mais profundamente possível. Mas os cantos das costas ainda mostram o rabisco, as marcas das suas unhas, que a pele exposta sofreu em meio ao seu delírio, seu nome marcado a dentes nos ombros demonstram, que sempre pertencerei ao seu paladar.

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